Pizzolato vai responder por uso de documentos falsos, diz polícia da Itália
O ex-diretor de marketing do Banco do
Brasil (BB) Henrique Pizzolato, preso na quarta-feira (5), na Itália, vai
responder no país pelo uso de documentos falsos, informou a polícia italiana
nesta quinta-feira (6). Diversos
documentos falsificados, além do passaporte,
foram encontrados com Pizzolato no momento da prisão, segundo a polícia.
O código penal italiano prevê uma pena
de até três anos para o crime. Pizzolato era o único foragido dos 25 condenados
pelo Supremo Tribunal Federal (STF) no processo do mensalão. Ele foi preso na
manhã de quarta-feira em Maranello, na província de Modena, norte da Itália,
após a expedição de um mandado de prisão internacional.
A decisão a respeito de uma possível
extradição está agora nas mãos da Justiça italiana. O prazo para que o Brasil
faça a requisição é de 40 dias a partir da data da prisão. A corte de apelação
de Bolonha será a responsável pela avaliação do pedido.
Segundo Stefano Savo, comandante
provincial da polícia de Modena, Pizzolato foi preso em uma vila de casas em
Pozza, bairro de Maranello, comuna a 320 km de Roma, conhecida por abrigar a
fábrica de carros esportivos da Ferrari.
De acordo Savo, o ex-diretor do Banco
do Brasil ficava sempre dentro de casa, com o imóvel – que aparentava estar
vazio – sempre fechado. Apesar disso, os relógios de energia e de água
continuavam funcionando – o que poderia indicar que havia pessoas dentro.
Pizzolato tinha a companhia da mulher.
Segundo o comandante da polícia, a decisão de se esconder no local foi bem
planejada: o ex-diretor e a mulher tinham consigo 14 mil euros (R$ 45,4 mil) –
inicialmente, a polícia havia informado que a quantia era de 15 mil euros –,
uma grande quantidade de comida e vários documentos emitidos por diferentes
Estados e entidades internacionais.
Segundo informou a polícia nesta
quinta-feira, foram encontrados com Pizzolato diversos documentos de identidade
(RG) emitidos em diferentes regiões da Itália. Ele usava um sobrenome similar
ao original. Também foram achados documentos de identidade brasileiros e italianos
já vencidos e um documento falsificado espanhol, feito antes de sua condenação
no processo do mensalão.
Segundo a polícia local, que já
monitorava Pizzolato, inicialmente ele negou ser quem era, mas depois confirmou
a identidade ao perceber que havia sido reconhecido. O ex-diretor do BB foi
levado para a prisão de Sant'Anna de Modena. A polícia afirma que ele está em
uma cela com outros detentos e apresenta bom estado de saúde.
De acordo com Savo, Pizzolato já tem
um advogado que o representa em Modena.A decisão a respeito de uma possível
extradição está agora nas mãos da Justiça italiana. O prazo para que o Brasil
faça a requisição é de 40 dias.
Fonte: G1.globo.com
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